15 de jan. de 2016

Eu assisti: Documentário "Dior e Eu"

Olá!

Finalmente estou encerrando os posts sobre a viagem de novembro, rs! Estava eu voltando para SP, já naquele clima de desconectar do lugar visitado para conectar novamente com a nossa casa quando assisti no avião o documentário Dior and I, que mostra a chegada de Raf Simons à Maison Dior em abril de 2012 e o desenvolvimento de seu primeiro desfile para a marca (num prazo de apenas oito semanas).

O filme parece não estar mais em cartaz e eu não achei pra assistir no Netflix, por algum outro meio oficial ou canal do YouTube. Acabei comprando (mas dá só para alugar também) pelo iTunes pois quero poder assistir mais vezes.

O que me deixou encantada:
- O processo de pesquisa do universo Dior pelo Raf Simons e sua equipe;
- O trabalho minucioso das pessoas do ateliê (veja uma entrevista com uma das costureiras chefe da Dior aqui);
- Ver cada profissional usar o melhor de suas habilidades em cada peça, que é única.


O que me deixou pensativa:
- O estilista - aliás, esta figura não é mais do estilista e sim do diretor criativo - ter que lidar com o lado criativo versus a pressão de entregar sua coleção de estreia em oito semanas. Estamos falando de alta costura, um trabalho muito manual e minucioso. Tudo tem que estar perfeito.
- O ponto de vista da parte financeira da Maison, quando a costureira chefe precisa ir até NY fazer uma prova de roupa para uma cliente importante, mas com isso o ateliê fica "pegando fogo" com a falta dela às vésperas do desfile.
- Raf deixou a Dior recentemente, em outubro de 2015, o que me fez lembrar do ótimo artigo escrito por Bruno Astuto para a revista Época (vale a pena ler, está aqui). Sim, lidar com a criatividade e a perfeição da alta costura em tempos acelerados visando grandes lucros deve ser muito complicado.
- Com tantas coleções por ano, com celebridades vestindo 10 looks em um mesmo evento (como a Jeniffer Lopez ao apresentar o último AMAs), quando é que teremos tempo para reter a informação? Como sonhar com cada pedacinho desse luxo, como tê-los gravados em nossa memóra, se está tudo cada vez mais efêmero?

Essas marcas são o que são exatamente por despertar o desejo por algo lindo, exclusivo e feito prioritariamente à mão. Lógico que os endinheirados continuarão comprando suas peças exclusivas, são eles quem mantêm as maisons tradicionais de pé, mas a que custo?


Ainda assim tem tanta coisa linda pra ver!


O vestido clarinho com flores bordadas eu vi ao vivo em uma exposição da Dior em 2013 (post aqui), foi algo lindo demais de ver.

Lá também estava exposto o tailleur da coleção Corolla, que inaugurou o New Look do pós-guerra:


E tudo tem um porquê, uma referência (como o amor de Christian Dior pelas flores, que Raf colocou tanto nas roupas quanto no cenário inesquecível do desfile).

Em dezembro foi anunciado que o time da casa (ou seja seus estilistas e costureiros) será responsável pelas próximas duas coleções, que logo devem estar nas passarelas. Tem mais sobre o assunto aqui.

Enfim, vale assistir pela beleza do trabalho de uma maison da Alta Costura e também para refletir sobre os rumos que a moda está tomando nos últimos anos!

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