Oi, pessoal!
O título desse post não é muito convidativo, mas achei uma ótima idéia falar das peças que não deram certo. Afinal, quando ficam lindas e incríveis a gente sai logo mostrando pra todo mundo, né?!
Aí fica aquela impressão de que somos invencíveis e que nada dá errado hora nenhuma: “nossa, como ela costura!”. Ha ha ha, não é bem assim.
Vou começar comentando com vocês sobre uma blusa, que a Katia já mostrou aqui em várias versões, a Taffy, do livro da Colette (aqui).
A primeira vez que tentamos esse molde foi durante uma das deliciosas tardes da costura que a gente conseguia fazer de vez em quando.
Pensamos nesse molde porque ele nos agrada e porque parecia realmente fácil fazer... no meu caso, apenas parecia. Escolhi uma organza verde musgo e a Katia, um lindo tecido de chiffon azul petróleo.
Bem, as dificuldades começaram já no corte da peça. Esses tecidos são finos e dão um super trabalho pois escorregam demais, desfiam e, ainda por cima, esta era uma peça cortada em viés... Este é um dos desafios que gostaria de vencer: utilizar outros tecidos, já que praticamente só uso algodão e um tantinho de malha e moletom. Olha, devo dizer, deu dor de cabeça! Queimamos a cachola para conseguir cortar nossas blusas.
Primeira tentativa.
Outro passo foi a montagem da blusa: ela é bem simples, mas tem um cintinho que não ficou localizado exatamente sobre minha cintura, ficou em uma posição alta demais e talvez por isso, aliado ao fato de que tenho muito busto, não teve o caimento esperado. Resultado: larguei a peça no meio (porque o tecido tinha desfiado e ficado extremamente transparente) e decidi tentar com outro tecido.
Minha segunda opção foi uma cambraia de algodão super charmosa que encontrei no Brás e logo pensei na tão sonhada blusinha. Pedi que minha mãe cortasse o tecido (sempre confio mais nela que em mim para isso). Só que ela não olhou a indicação do molde e não cortou em viés.
Decidi que, mesmo assim, faria a blusa até o final para poder testar o famigerado molde e ver qual o resultado. De início, assim que fiz as pences, vesti a blusa e já não gostei do caimento... mas fui em frente, porque queria ver no que dava.
Por fim, teve o acabamento, que aliás é o principal da peça, (segundo o livro, ela é o exemplo de peça para tentar acabamentos perfeitos - hehehehe - e por isso foi a escolhida também).
A blusa tem o decote e as mangas acabadas em viés. O grande vilão do viés ataca novamente. Acho que nem preciso discutir com vocês a qualidade do viés pronto que se vende aqui no Brasil, né? Quem aí já precisou desse aviamento sabe do que estou falando, temos só duas opções: algodão e cetim.
O algodão é duro, feio e da pior qualidade que vocês possam imaginar. Não poderia usar na peça, visto que “com toda essa qualidade” descrita acima, certamente estragaria minha blusa! A outra opção, de cetim, além de ser feita de um tecido bem ruim, tem poucas variedades de cores e estampas, de modo que nem perdi meu tempo em procurar algo que combinasse com a minha blusa e fui logo pensando na nossa única opção: fazer o próprio viés. Para essa blusa, são necessários algo em torno de 5 metros. Lá fui eu e devo confessar, o viés, nesse caso foi o menor dos meus problemas, foi uma questão apenas de paciência.
Depois de pronto, apliquei nas mangas e no decote e voilá, vamos experimentar!
Segunda tentativa.
Resultado: desastroso! Meu decote ficou enooooorrme, não sei o que aconteceu, se minha mãe cortou errado ou se ele é mesmo grande. As mangas ficaram exageradas e o viés não assentou... posso dizer que odiei? Desculpem, mas a palavra é essa.
Não tem jeito, vai ter que virar alguma peça pra Julia ou uma regata simples para mim... frustração total e dinheiro mau gasto (não digo jogado no lixo, pois vou reaproveitar de qualquer jeito). Foram horas de trabalho para chegar a um péssimo resultado.
Mas sou brasileira e não desisto nunca, já tenho outra cortada e pretendo repetir e fazer isso até acertar, afinal o modelo é bárbaro, feminino e diferente, além de ser uma blusa que tem o meu tamanho. Desistir jamais!
Por hora deixei de lado, mas quando retomar venho contar a vocês o resultado!
Beijoca,
Ana
Gente que alívio saber que não é só comigo! Obrigada por dividir isso conosco.
ResponderExcluirOi Marjú, tudo bem?
ResponderExcluirEu é que agradeço sua visita...costura é igual casamento né? A gente divide na alegria e na tristeza!
Um beijo