29 de jun. de 2016

Minha máquina de overloque - Singer Ultralock 14SH754 - 2 anos depois

Olá!

Aqui estou eu para contar como foi o segundo ano de uso da minha máquina de overloque. Os posts sobre máquina de costura são sempre bastante acessados aqui no blog, então resolvi manter esta avaliação periódica!

Estou com a minha Encantada em uso há um pouco mais de dois anos (o post sobre os primeiros meses de uso é este e sobre o primeiro ano de uso é este), sendo que o nome oficial dela é Ultralock 14SH754, da Singer.

Aproveitei para dar uma olhada geral nos comentários destes primeiros posts sobre a overloque e também reunir algumas informações por aqui!

 Minha Singer Ultralock 14SH754


Manuseio

Neste segundo ano de uso, peguei o jeito de passar as linhas e acertar a tensão, que varia conforme os tecidos e também quantas camadas estão sendo passadas ao mesmo tempo. Nas fotos abaixo, o tricoline de algodão (azul claro florido) está duplo e a flanela de algodão (xadrez e vermelha) está com uma camada só. Continuo testando tudo com um retalho antes de passar a peça definitiva na máquina, para garantir e acertar algo quando preciso.

Eu diria que o maior "pulo do gato" deste segundo ano foi não usar mais fios de overloque e substituí-los por cones grandes de linha, já que consomem bastante. Os fios quebravam muito e, de vez em quando, eu tinha problemas para acertar a tensão deles quando passava tudo de novo.

Eu acredito que, para uso doméstico, os fios vêm em muita quantidade, aí eles acabam ficando velhos e sem resistência. No ano passado, eu já havia me queixado dos fios vermelhos que quebravam o tempo todo. E, para dar uma ideia, em praticamente dois anos de uso, eu nunca usei um cone de fio até o final. Imagina se estes fios que tenho em casa já não estão velhos?

Desde que passei a usar linha no lugar dos fios (que algumas amigas das costuras já faziam e me recomendaram, inclusive), tudo ficou mais fácil e sob controle!

Quando eu fazia aulas de corte e costura com a Lurdes, eu levava quatro retrózes pequenos de linha na cor do tecido para usar a overloque do ateliê, assim não corria o risco de não ter fios e linhas na cor correta. Quando você achar que a cor é muito específica, é algo que você pode fazer!

Já se é uma cor que você vai usar um pouco mais, você pode colocar dois cones grandes de linha nos lugares onde se passam os fios e dois retrózes pequenos de linha onde já se usam linhas.

Agora, para as cores bem básicas, como preto e branco, por exemplo, você pode colocar quatro cones grandes de linha!

Para o overloque em preto, até alguns dias atrás, eu estava usando dois cones grandes de linha no lugar dos fios e dois retrózes pequenos onde já usava linha. Mas isso foi até as linhas pretas que eu tinha acabarem, pois agora ficarão com quatro cones grandes.

Overloque em uso só com linhas.

Ficou mais fácil de deixar os pontos certinhos!

Aqui dá para ver a frente e o verso do tecido com acabamento apenas com linhas.

As dicas básicas de uso, passagem de linhas, limpeza e lubrificação da máquina que mencionei nos outros dois posts continuam valendo!


A Overloque Substitui uma Máquina Reta?

Esta pergunta já apareceu nos comentários e eu resolvi dar uma atenção para ela aqui. Existem três itens que respondem a esta questão:
1. Para costurar malhas, você pode unir partes diretamente com a overloque. Ou seja, a overloque vai costurar e arrematar ao mesmo tempo, mantendo a elasticidade da malha.
2. Para tecidos planos, o ideal é usar a overloque apenas para o acabamento das bordas. Então, neste caso, ela não substitui uma máquina reta. 
3. Para dar acabamento nas peças de malha, é necessário ter outra máquina para costurar as barras (uma galoneira, se o uso for industrial) ou uma reta/doméstica com agulha dupla.


Avaliação Geral

- A máquina é resistente, forte e muito estável, não apresentou nenhum problema desde que a comprei.
- É uma máquina mais barulhenta que as concorrentes, mas só me dei conta depois de usar uma outra overloque em aulas em outro ateliê. De qualquer forma, o barulho não interfere no desempenho da máquina.
- Tive problemas com o uso de fios, mas depois que passei a usar linhas, não tive mais problemas.
- Costurei malhas variadas neste período, com uma ou mais camadas e deu tudo certo!
- O ajuste de tensão das linhas continua sendo feito conforme cada projeto, não há uma regra ou tensão "padrão". Então o teste antes de passar a peça definitiva é fundamental. Se alguma das linhas não está certinha, o jeito é ir ajustando aos poucos, até o ponto ficar correto.
- Usei a máquina para fazer acabamentos de tecidos planos, normalmente passando uma camada só de tecido e deu tudo certo também. O tecido mais grosso que passei foi o jeans, mas também fiz acabamento em veludo, por exemplo.
- A manutenção e a limpeza têm sido fáceis e a máquina atende bem o que eu costumo costurar.


Espero que a minha Encantada continue cumprido bem a sua função aqui no ateliê!

Beijos e boas costuras!

27 de jun. de 2016

Eu fiz: Workshop de Tapeçaria Contemporânea (da Eglair Quicolli)

Olá!

Uma das coisas mais legais de levar uma vida craft é conhecer pessoas que compartilham deste mesmo modo de vida que a gente. Mais legal ainda é acompanhar a evolução do trabalho delas e, de alguma forma, poder participar e aprender com estas pessoas.

Conheci a Eglair Quicolli há um tempo em um desses bazares crafts maravilhosos que acontecem em SP. Tempos depois, uma de suas lindas e exclusivas bonecas veio morar aqui em casa (tenho bastante ciúme dela, aliás). A Glá tem feito mais recentemente um lindo trabalho que envolve tapeçaria e também está ensinando esta técnica.

Um belo dia eu consegui participar de um Workshop de Tapeçaria Contemporânea, voltado para iniciantes. Foi uma tarde ótima com pessoas interessantíssimas e um aprendizado totalmente novo para mim: usar um tear!


Iniciando os trabalhos

Fui super bem recebida numa das salas do House of Work, em Pinheiros. Para cada participante, um kit com um tear manual, fio para fazer o urdume, uma meada de lã natural e uma apostila. Em outra bancada, lãs e fios variados que estavam à disposição para escolhermos.

House of Work, espaço muito legal de co-working em Pinheiros!

Kit de cada participante.

A Eglair explicou os pontos básicos do uso de um tear manual e lá fomos nós explorar as possibilidades com os materiais disponíveis.


Uma tarde de tapeçaria

Eu cheguei lá sabendo que queria algo para enfeitar a parede cinza do meu quarto e, por isso, queria usar cores fortes e contrastantes. Eu adorei ter encontrado materiais com brilhos também! A ideia de ter as franjas longas surgiu na hora mesmo. E algo mais que eu tinha pensado e que também se concretizou foi o uso de texturas variadas.

 
Em ação, foto da Patricia Marcondes.

  
Snaps de uma tapeçaria em progresso.

Os participantes e suas peças ao final do workshop. Vejam como é legal a variedade nas criações, já que todos nós partimos de um mesmo ponto!

 
É muita beleza junta!
Foto da Eglair.

 
Eu, Eglair e minha peça (e um abraço muito feliz e apertado)! 


Tapeçaria na parede

Assim ficou a minha peça, com alguma variedade de pontos, materiais e texturas, já pendurada na parede do meu quarto, junto com mais alguns crafts que estão compondo um belo conjunto (logo menos vai ter post de tudo!):

 

 

É muito amor numa peça só!


Eu amei aprender mais uma técnica manual e adorei o resultado! Espero participar de outros workshops da Glá! E, para quem ficou com vontade de aprender também, fique de olho no Instagram, no site ou na página do Facebook da Eglair pois sempre tem novas datas (até fora de SP) sendo abertas por ela!

Bora trabalhar com as mãozinhas?


Beijos!

23 de jun. de 2016

Armário Handmade de Inverno!

Olá!

O inverno chegou oficialmente esta semana, apesar de já ter dado os primeiros sinais ainda em maio. Por aqui em SP não tem feito tanto frio nos últimos anos, então é hora de avaliar se o que temos no armário vai dar conta das temperaturas mais baixas que já chegaram.

Faz tempo que eu não faço um post como este, do armário handmade da estação, avaliando o que eu já fiz e que quero colocar em uso nos próximos meses, assim como contar quais são os meus planos de costura. Vamos ver o que eu reuni de peças e dicas?


O que já está no armário

Lá em maio, com o Me Made May rolando (fiz dois posts com as peças que usei, aqui e aqui), eu já comecei a pegar algumas peças mais quentinhas do fundo do armário e que vão continuar em uso.


Mangas compridas

Coloquei para uso as peças com mangas compridas, como minha amada blusa de crepe de seda, meus tops cropped de malha e minha camisa de crepe de seda. Essas peças podem ser usadas com casacos por cima e, se necessário, com uma segunda pele por baixo.


  
Post sobre a blusa aqui.

 
Post sobre o meu terceiro top cropped Astoria aqui.


Post sobre a camisa de seda aqui.




Saias com meia calça

Confesso que gosto mais de usar uma saia ou um vestido com meia calça mais grossinha e botas do que usar calças no frio. Esta mini saia foi usada nos últimos dias mais quentes e já está sendo bem útil agora no frio. Outras saias que tenho serão usadas da mesma forma.

 
A saia Mabel em breve vai ter um post para ela, mas já mostrei um pouco aqui.


Blusa de tricô - lã de merino

Finalmente usei a blusa que tricotei no ano passado aqui em SP! A lã é de merino, material natural e bem quentinho. A lã de merino também está sendo usada na próxima blusa de tricô, que está quase pronta.

Post sobre a blusa de tricô aqui.


Capa de lã

Uma peça que também saiu do fundo do armário esta semana foi a minha capa de lã, forrada com cetim, que fiz há uns dois anos atrás. Fico muito feliz de ter feito uma peça como esta, espero usá-la por muitos anos!

Post sobre a capa de lã aqui.


Planos para o armário handmade de inverno

Desde que começou a esfriar mesmo eu comecei a notar que tinha poucos vestidos de mangas compridas. Na verdade, só tenho dois: um chemisier de viscose (que não é quente) e um vestido de veludo cotelê forrado. O que acontece é que, como o frio por aqui não andava realmente frio, a gente se resolvia bem com mangas 3/4 (que eu adoro, aliás) e com casacos ou jaquetas mais finas.

Com essa reflexão, resolvi comprar alguns tecidos para priorizar a costura de três peças:

- Um vestido de veludo com mangas compridas (já está pronto, mostrarei em breve)!
- Um casaco curto de lã
- Uma saia calça para substituir uma saia antiga que já está meio sem graça

Fiz um vídeo mostrando os materiais acima e os planos para eles:

 

OBS: No final do vídeo eu pergunto sobre forros, pois quero aproveitar algo que já tenho em casa. Recebi uma ótima sugestão da Rachel Pinheiro (do blog House of Pinheiro): usar o algodão que eu escolher no corpo do casaco - devo ficar com um dos mais grossinhos - e algum tecido acetinado nas mangas, pois isso ajuda na hora de vestir, o algodão nas mangas pode "segurar" as blusas de mangas compridas!

Além disso, estou prestes a terminar a minha blusa de tricô iniciada em janeiro (sim, sou bem lenta para tricotar mas, em minha defesa, estou sempre fazendo mais alguma coisa junto, rs!).

Vou reformar a camiseta de couro que fiz há pouco tempo, trocando as mangas curtas de couro por mangas compridas de malha. Explico: a camiseta foi feita com um material que não ajuda a pele a respirar, então, mesmo com as mangas curtas, não dá para usá-la no calor (eu já tentei, rs). No frio, só consegui usar se vestisse algo de mangas compridas por cima, tirando um pouco da graça da peça. Então acabei usando poucas vezes a camiseta do jeito que está. Melhor modificar para poder usar mais, não é?!

Próximo projeto: modificar esta blusa de couro sintético!

Depois destas peças estarem prontas, vou retomar os estudos de modelagem de calças. Calças jeans não são quentes e, fora elas, tenho apenas uma calça de veludo cotelê que é mais quentinha.

Ah, entre um projeto e outro de costura, espero conseguir tricotar uma gola nova de lã, luvas e polainas! #oremos


Investimento a longo prazo

Se alguns desses planos não se concretizarem a tempo de usar neste inverno, ao menos estarei mais preparada para o inverno seguinte, então não será desperdício de tempo nem de material. Fazer peças versáteis e atemporais são ótimas opções para as roupas de inverno, que tendem a durar mais tempo por conta do nosso clima.

E você, quais são seus planos handmade para este inverno?


Beijos e boas costuras!

22 de jun. de 2016

Guardanapos de tecido feitos em casa!

Olá!

Essa semana resolvi por em prática um projeto que tenho em mente faz tempo: fazer guardanapos de tecido para minha casa.

Sabe aquele ditado "em casa de ferreiro, espeto é de pau"? É exatamente o que acontece por aqui. Costuro um monte para minha filha, faço algumas coisas para mim, mas na minha casa, raras são as peças que eu fiz.


Vantagens dos guardanapos de tecido

Os guardanapos estavam nos meus planos pois acho muito mais confortável de usar do que os de tecido, sem contar que são mais bonitos, podem compor um conjunto com seu jogo americano e ainda você poupa o uso de papel.

Claro que pensei no custo ambiental de ter que lavá-los, mas aí lembrei que lavarei a roupa de cozinha (jogo americano, pano de prato, etc) de qualquer forma, então posso colocar os guardanapos junto na máquina, sem custo ambiental adicional.


Costurando os guardanapos

Esse projeto é bastante fácil e ideal para iniciantes da costura. Escolhi fazer os cantos mitrados, que deixam o acabamento mais refinado.

Para fazer esse projeto assisti o vídeo da Elisa Dantas, do canal A Costureirinha do YouTube e lá está tudo explicado passo a passo, não tem como errar!



Este foi o meu resultado!

Guardanapos prontos!

Detalhe da barra com canto mitrado.


Eu já estou com vontade de fazer outros, misturando técnicas de bordado e pintura, me aguardem!

Beijoca,
Ana

21 de jun. de 2016

Respondendo a Tag "Descobrindo Novos Blogs"!

Olá!

Em um pouco mais de três anos de blog, esta é uma novidade por aqui: responder uma Tag enviada por outra blogueira!

Quem me convidou para responder a Tag "Descobrindo Novos Blogs" foi a Lívia Costa do blog Costurando Sonhos DIY. O post com as perguntas que a Lívia respondeu está aqui.



Adorei o convite e aqui estão as minhas respostas!

1 - Como começou a costurar?
Comecei a costurar num momento muito difícil da minha vida, em 2011, em que beirei a depressão. Não saía de casa, não abria nem as janelas, até que um dia, navegando pela internet, fiquei sabendo de uma moça que estava dando aulas particulares de costura em Pinheiros. Depois de trocar alguns e-mails com ela (a Patricia Cardoso), lá estava eu dando os meus primeiros passos na costura. De início eu não tinha tanta expectativa, queria apenas distrair a cabeça, aprender algo diferente e ter um motivo para sair de casa. Não imaginava naquele momento que um dia estaria fazendo minhas próprias roupas, acessórios e coisas diversas para a casa.

2 - Qual é a parte mais legal de costurar?
Eu acho que é ver a peça tomando forma, como um vestido que vai ficando com cara de vestido, sabe? Adoro fazer os acabamentos finais também!

3 - Do que você não gosta tanto em costurar?
Não gosto muito de lidar com elásticos (sempre deixo escapar, é um transtorno, rs) e às vezes a parte de cortar os tecidos me aborrece um pouco...

4 - Melhores coisas para se fazer enquanto costura...
Apreciar o silêncio da minha casa e conseguir ouvir meus próprios pensamentos!

5 - Além de costurar, você tem outra habilidade? Qual?
O primeiro craft que aprendi foi o crochê, há quase 20 anos, adoro até hoje! Mais recentemente, há uns dois anos, comecei a tricotar e ando apaixonada pelas agulhas longas! Também gosto de bordado, apesar de não praticar tanto.

6 - Você utiliza alguns métodos para aperfeiçoar suas técnicas na costura? (cursos, livros, etc) Cite quais são.
Já fiz muitas aulas e cursos de costura ao longo desses 5 anos costurando. Aprendei a fazer acessórios, roupas e também fiz bastante Patchwork. Fiz um curso de modelagem faminina no Senac no ano passado e foi ótimo! Hoje em dia, costurando sozinha em casa na maioria do tempo, recorro a alguns bons livros que tenho, além de blogs e vídeos sobre costura. Ah, também conto com uma ajuda extra da minha mãe para tirar dúvidas, ajudar a provar as minhas peças e pedir dicas!

7 - Qual é a próxima técnica de costura que pretende aprender?
Adoraria um dia aprender Moulage e também Alfaiataria!

8 - Tem alguma coisa que você achava muito difícil, mas quando aprendeu, percebeu que era simples?
Sim, levei um certo tempo para superar o trauma do viés! Hoje em dia é um acabamento que eu adoro fazer!

9 - Quando está em um projeto de costura, você costuma dar algumas pausas? O que você geralmente faz nesses intervalos?
Costumo dar algumas pausas principalmente se é uma etapa da costura que faça com que eu fique muito tempo sentada ou em pé. Aproveito para ir beber uma água, fazer um lanchinho, dar um chamego no cachorro ou dar uma fuçada bem rápida no celular!

10 - Além da costura, que outros assuntos te interessam?
Adoro viagens e música, que acabam sendo assuntos que aparecem aqui no blog também.


Vamos continuar a brincadeira?

Para dar continuidade à brincadeira, convido as queridas Andrea Risério (do blog Arthé), Viviane Basile (do Ateliê Basile) e a Patricia Cardoso (do blog Patricia Cardoso)! As perguntas para elas são estas aqui:

1. Qual a sua formação (dentro e fora da costura)?

2. Tem algum craft que gostaria de aprender?

3. O que gosta de fazer quando não está costurando?

4. Tem algum projeto dos sonhos que você pretende fazer?

5. Conte uma experiência divertida com a costura!

6. Para não falarmos só de costura, você gosta de cozinhar? Qual é a sua especialidade?

7. E de maquiagem, você gosta? Qual seu item favorito? (Falou a viciada em batons coloridos, Rs)

8. Um dia perfeito para você precisa ter...

9. Gosta de música? O que tem ouvido ultimamente?

10. Indique um blog que você não perde um post (pode ser de costura ou não)!


Adorei participar!
Aproveito para te convidar a conhecer os blogs que estão neste post, são todos muito legais!

Beijos!

10 de jun. de 2016

New Orleans: Um sonho de viagem realizado, com muita música e crafts!

Olá!

Estou aqui me organizando para contar uma das melhores viagens (senão a melhor) da minha vida: New Orleans. Foi a viagem mais longa que já fiz para um único lugar, para uma ocasião especial. Eu e Ricardo fomos para lá no fim de abril para um festival de música.

Foi uma viagem intensa do começo ao fim, por vários motivos: pelas tradições musicais, pelas pessoas, pelos encontros, pela vida craft, pela preservação da história... Enfim, estou separando os assuntos para contar aqui, mas tenho muita coisa linda para mostrar. Todo dia eu tive algo para vivenciar que encheu meus olhos d'àgua, de verdade!


Como tudo começou

Quando percebemos que um dia tínhamos que ir até essa cidade? No começo do ano passado, assistimos um documentário do Foo Fighters (banda que adoramos) chamado Sonic Highways. Em cada episódio, a banda passava por uma cidade importante para a música americana, conversava com as pessoas mais legais do lugar, conhecia a história musical dali, compunham e gravavam uma música lá mesmo. Essa jornada por 8 cidades tornou-se o documentário e também um álbum.

Aqui no Brasil a série foi exibida em janeiro do ano passado no canal Bis, mas ao assistir os dois primeiros episódios, entrei no site e comprei a série toda (assim posso ver quantas vezes quiser, rs). Já estava adorando tudo, mas ao chegar ao 6o episódio, sobre New Orleans, eu me apaixonei, sério.

Estes são os primeiros momentos do episódio, apaixonantes!

Desde então, eu passei a me ver um dia naquela cidade cheia de música, cheia de histórias. E fui guardando tudo aquilo na memória. No começo deste ano, fiquei sabendo que as bandas "do coração" minha e do Ricardo (Red Hot Chilli Peppers e Pearl Jam, respectivamente) iriam tocar em um festival em New Orleans. Em outro post falarei mais sobre o festival.

Depois de fazer muita conta, rs, vimos que seria a oportunidade perfeita para conhecermos a cidade, ir num festival realizado fora do Brasil e ver mais uma vez as bandas que amamos. De quebra, procuraríamos ver as atrações "prata da casa" que também eram imperdíveis.

Em abril, com um pacotão comprado (hospedagem, ingressos para todos os dias do festival, traslado de ida e volta para o hotel), chegamos a New Orleans. Que lugar mais encantador! Simples e bonito, de pessoas extremamente simpáticas e sorridentes. Sim, você ouve música quase que o tempo todo, o que é perfeito para nós dois.

Construções fofas com fachadas lindas!


O primeiro dia

Eu não queria contar de maneira cronológica esta viagem, mas alguns dias foram especialmente importantes por motivos diferentes. Eu não tinha muita expectativa em relação ao primeiro dia, pois chegaríamos cansados e provavelmente só faríamos um passeio rápido de reconhecimento.

Mas o tal passeio rápido de reconhecimento já foi tão divertido! Lá nas ruas do French Quarter (uma das regiões mais turísticas e bem próximas do nosso hotel) vimos uma Marching Band passar e não teve jeito, fomos atrás dela, porque é isso que se faz por lá, rs!

 Marching Band pelas ruas do French Quarter.

Passamos pelo Preservation Hall, um lugar dedicado a preservar o jazz tradicional de New Orleans. De portas fechadas, conseguimos ouvir a música que vinha lá de dentro e resolvemos que na mesma noite voltaríamos lá.

Comemos, pegamos chuva, passeamos e nos apaixonamos à primeira vista, na primeira tarde lá. À noite, voltamos ao French Quarter para irmos ao Preservation Hall. Um lugar simples, nunca restaurado, onde você assiste ao show de 45 minutos em pé ou sentado em banquinhos. Os meus olhos se encheram d'àgua durante o show de jazz, de tão perfeito e tocante!

 
Preservation Hall, com fila para os shows de jazz da noite.

Foi um daqueles momentos em que me senti muito grata por estar lá, por viver aquele sonho. E olha que era apenas o primeiro dia de doze!

Este é praticamente um vlog-resumo deste dia, todo resgatado do meu Snapchat (segue lá: katialinden)

(Estou com problemas para editar meus vídeos, espero que os próximos fiquem melhores!)

E qual não foi a minha surpresa que nesse show estava um dos meus maiores amores de adolescência?! Sim, Billy Corgan, do Smashing Pumpkins estava lá e foi super fofo com a gente! Confesso que depois de falar com ele (queria contar o quanto a música dele foi presente no começo do namoro meu e do Ricardo e que estávamos comemorando 20 anos juntos, mas não quis me alongar, rs), me dei conta que estava tremendo, rs!

 
Sim, eu conheci um dos meus ídolos da adolescência!

Lá no fim do vlog vocês devem ter notado uma homenagem ao Prince... Sim, ele havia falecido naquele dia e foi muito homenageado nas ruas e nos shows que assistimos.

O melhor souvenir que eu poderia trazer do Preservation Hall: um Patch que já foi parar na minha jaqueta jeans!

Melhor souvenir!

E para esse primeiro dia de viagem que não era pra ser demais, mas foi, usei meu macacão preto de algodão!

 
Post com detalhes do macacão aqui.

Nos próximos dias teremos mais posts sobre a viagem com passeios, shows, roupas que eu fiz e com crafts muito legais, aguarde!

Beijos!

9 de jun. de 2016

Estou na Revista Burda Style deste mês!

Olá!

Eu sempre digo que costurar é um belo exercício para a auto estima. Quando a peça fica pronta, pelas nossas mãos, é uma alegria grande por termos realizado aquele plano costurístico. Vestir o que a gente mesma costura é uma delícia, pois a peça tem a nossa cara e as nossas medidas, além de ter muito mais significado que uma roupa comprada pronta.

Aprendi a usar moldes prontos com uma pessoa muito querida, a Lurdes, que me recomendou a revista Burda antes mesmo que tivéssemos uma edição brasileira. Tenho várias peças que amo e que foram costuradas a partir de moldes Burda. O primeiro post que escrevi sobre a Burda foi este.

Quando passamos a ter a edição brasileira em 2014 (comemorei com este post), foi uma grande alegria para mim pois a revista ficaria mais acessível do que as importadas (eu costumava comprar a revista de Portugal até então e não era tão fácil de achar) e adequada às nossas estações do ano.

Por tudo isso, para mim, aparecer na revista significa muito! Por isso é que compartilho com vocês a seção "Você na Burda" da edição de junho de 2016, onde estou com o meu colete preto de sarja que ficou bem especial! 

(Post com mais fotos do colete preto de sarja aqui).

Esta é uma seção muito legal da revista, onde conseguimos ver as peças costuradas pelos leitores, quando as possibilidades dos editoriais e dos moldes da revista se tornam realidade, eu adoro!

Mas esta não foi a primeira vez que apareci na revista, sabia? Na edição de abril de 2015, lá estávamos eu - ainda ruiva - e Marie (do blog Bouton Perdu) na matéria sobre a primeira Expo Burda, que tinha acontecido em fevereiro.

 

Para visitar a feira e prestigiar esta publicação que tanto gosto, usei um vestido feito a partir de um molde da edição 01/2015 (e que está em detalhes neste post).

Obrigada Renata Ruiz e todo mundo da revista Burda, vocês estão fazendo um lindo trabalho na edição brasileira! Que venham muitos outros anos de sucesso (e muitos modelos lindos para costurar)!

Beijos!

8 de jun. de 2016

Vestido Infantil (Izzy Top) com Bordados em Sashiko!

Olá pessoal, como estão?

Andei tendo umas ideias de fazer um vestido especial para Julia, com um bordado. Queria algo que fosse contemporâneo, diferente do bordado tradicional, e que ficasse com uma carinha elegante mas ao mesmo tempo moderna.

Escolha do Bordado e do Vestido

Quando estou com uma ideia dessa na cabeça, demoro a executar o projeto, porque fico fuçando a internet em busca de inspiração. Mas dessa vez ela veio de um livro muito lindo que eu comprei e sobre o qual a Katia já falou aqui: "The Ultimate Sashiko Sourcebook".

Comprei esse livro por indicação da Katia mesmo. Estava numa fase azul e branco, tentando aprender Shibori, uma técnica japonesa de tingimento, que usa principalmente o índigo em tecidos brancos e fiquei com muita vontade de me dedicar ao Sashiko.

Faz bastante tempo que comprei esse livro, já havia dado uma olhada geral, mas não parei para ler. Reencontrei com ele, na pilha ao lado da minha cama (acreditem, tem uma pilha enorme de coisas que quero fazer nesse local!) e pensei: achei o bordado do vestido da Julia!

Com o bordado decidido, o segundo passo seria escolher o modelo do vestido. Isso foi bem mais fácil, decidi apostar em um sucesso absoluto: o Izzy Top que também já mostrei aqui.

Decidi que bordaria a parte de cima e faria um vestido na parte de baixo. Como eu queria fazer um bordado com carinha de moderno, escolhi o risco de ondas, que encontrei o site Craftsy (assunto para outro post!)

Além desse site e de ler o livro sobre a técnica, busquei também vídeos do YouTube antes de começar meu trabalho. O bordado em si é muito simples e o efeito é incrível: fica lindo, bem clean e muito elegante.



Como esse top tem uma pequena aba atrás, que acomoda a caso do botão, decidi bordá-la também para dar um toque a mais:

 

Só quando terminei a parte de cima que fui escolher o tecido da parte de baixo. Tinha uma estampa em mente, em verde e azul que gostei muito, mas tenho uma cliente bem exigente em casa, que decidiu por um tecido verde liso e tive que acabar concordando com ela, o contraste ficou muito bom.


Vestido Pronto

 

 

E aí está a peça pronta. Fiquei muito feliz com o resultado, gosto muito de projetos em que podemos misturar técnicas, usar nossa criatividade e produzir peças únicas... isso para mim, não tem preço.

E o melhor de tudo, minha cliente aprovou!

Em tempo, eu adorei o livro, super recomendo para quem quer se dedicar a técnica. Os vídeos do YouYube que acessei foram de um canal chamado Kimonomomo (em inglês):


Está tudo bem explicadinho, ou seja, não tem desculpa para começar seu projeto!

Fiquei bem empolgada para já começar outro projeto... estou com a cabeça cheia de ideias e quando colocar em prática, volto para mostrar para vocês!

Beijoca,
Ana

3 de jun. de 2016

Costuras de Abril e de Maio!

Olá!

Abril passou voando para mim, nossa! Eu e o marido tiramos alguns dias de férias e na volta, já em maio, algumas coisas aconteceram e diminuíram ritmo por aqui (contei um pouco neste post). Mas nestes dois meses teve produção por aqui e hoje eu vim mostrar o resumo de Abril e Maio, vamos lá?


Costuras

Em abril eu terminei a minha blusa Taffy de cetim, ela até já apareceu num look do dia (aqui)!

Look com a blusa nova aqui.

Assim que eu acabei a blusa, resolvi fazer uma saia de malha nova. Aproveitei um outro molde que já usei e que adoro, da saia Mabel (da Colette Patterns) e fiz uma versão diferente das anteriores, adorei o resultado!

 
Saia Mabel, versão 2016!

Quando voltei de viagem, em maio, resolvi pegar a minha colcha de Patchwork que estava parada há algum tempo e trabalhei nela todos os dias um pouco até terminar. Na verdade, não faltava muito, eu é que vivo passando outros projetos na frente (#quemnunca)

Ficou lindo o conjunto, em breve vou mostrar em detalhes a colcha e outros toques craft do meu quarto!

Terminada a colcha, iniciei uma nova blusa Sencha, também da Colette Patterns. Deu para ver que ando mesmo revisitando projetos antigos, né?!


 
Blusa Sencha, versão 2016, em progresso!

Tricô

A blusa de tricô continua sendo feita (todo dia, por uma hora pelo menos), com algumas pausas por conta de erros meus que precisaram ser desmanchados. Cheguei ao fim de maio com frente e costas prontas, já unidas pelos ombros e prestes a iniciar o decote.

Em progresso, mas finalmente com cara de blusa!

Também estou fazendo as mangas, espero terminá-las logo!

Tá chegando? Falta muito? Rs! 


Tapeçaria

Como eu gosto muito de aprender coisas novas, fiz um Workshop de Tapeçaria Contemporânea, com a querida Eglair Quicolli em abril. Minha peça está pronta e penduradinha no meu quarto, eu amei!

Uma nova técnica, amei aprender!


Produções sem correria

Revendo as produções, estou muito feliz com o que tenho feito, sendo mais seletiva e fazendo tudo com mais calma, sem correria.

Estas novidades aparecerão em detalhes nos próximos posts, quero contar tudo com muito carinho!

Beijos!

2 de jun. de 2016

Últimos Looks do Me Made May 2016 (#mmmay16)!

Olá!

E não é que chegamos em junho? Além de quase metade do ano já ter passado, significa também que o Me Made May deste ano também terminou. Mais uma vez fiquei feliz por ter participado e, depois de mostrar os últimos looks handmade, conto as minhas conclusões!

Dia 17: Para um dia normal de trabalho em casa, usei meu macacão comprido de algodão. 
Post sobre ele aqui.

Dia 18: Era para ser apenas uma foto com um dos meus vestidos favoritos (fora de casa eu estava também de lenço e casaco). Aí Luke fofinho resolveu aparecer também!
Post sobre o vestido Laurel aqui.


Dia 19: dia de afazeres domésticos, sem look para mostrar, rs!
Dia 20: dia de combinar o cabelo novo com a saia nova (e mto querida)!
A saia Mabel em breve vai ter um post para ela, mas já mostrei um pouco aqui.

Dia 21: para um sábado calmo de outono, uma blusa cropped handmade!
Post sobre o meu terceiro top cropped Astoria aqui.

Dia 22: um dia sem roupa feita por mim para mostrar, mas com o viés da minha colcha de Patchwork finalizado! Está pronta! (Em breve vai ter post especial sobre o meu quarto, aguarde!)

Dia 23: um dia com imprevistos para resolver e sem roupa feita por mim também...
Dia 24: dia produtivo no ateliê, com o ajuste da gola de uma blusa querida e a costura de um Patch especial na jaqueta jeans!

Dia 25: finalmente eu consegui vestir em SP esta blusa de tricô que fiz no ano passado! 
Post sobre a blusa de tricô aqui.

Dia 26: noite de boliche com os amigos e minha camiseta de couro sintético.
Post sobre ela aqui.

Dia 27: combinei duas peças que amo mas que nunca tinham sido usadas juntas! Gostei! 
Post sobre o macacão jeans aqui e sobre a camisa de seda aqui.

Dia 28: para receber amigos queridos em casa, minha saia lápis de couro sintético e top Coco de malha. Gostei da combinação das cores!
Post sobre a saia aqui e sobre o top Coco de malha aqui.

Dia 29: para o almoço de domingo com o marido, vestido de viscose e jaqueta jeans que recentemente ganhou um Patch. 
Vamos ter post de look do dia para mostrar mais detalhes!


Dia 30: Mais um dia sem look para mostrar, usei apenas roupas esportivas.
Dia 31: encerrando o mês sem glamour mas com o conforto da calça de pijama de algodão handmade.
Post com mais imagens da calça de pijama Margot (do livro da Tilly and the Buttons) aqui.


Conclusões sobre meu armário handmade

Consegui cumprir o que eu tinha proposto no início do desafio: usar roupas feitas por mim com combinações variadas. Procurei não repetir peças (a única peça que fiz e repeti foi o macacão jeans, com outras blusas combinadas com ele). Ao longo do mês usei 29 peças que eu fiz ou customizei... E olha que tem bem mais no armário, uau!

Não cheguei a produzir nenhuma peça nova em maio, já que trabalhei mais na minha blusa de tricô e na minha colcha de Patchwork, com isso tive tempo de repensar a minha "fila" de projetos e direcionar as próximas produções para itens que usarei mais no inverno.

As peças campeãs de uso foram as que eu fiz a modelagem (acabam sendo um xodó extra, né?!) e o que veio da Colette Patterns (tanto os moldes comprados no site, quanto da revista Seamwork e um livro que eu tenho). Outras boas fontes de projetos foram a revista Burda e o site Tilly and the Buttons. Acho bom ver por esse aspecto, sabe?

Sobre os tipos de peças, eu ainda uso bastante vestidos, mas tenho procurado variar mais com peças separadas. Por isso tenho nos meus planos fazer mais calças e blusas (porque na parte de saias eu acho que está ótimo o que já tenho).

Deu para ver que continuo usando muito tênis, mas com a chegada do frio, as botas - com salto ou sem - estão saindo do armário, oba!

Os dias que eu "furei" é porque estava com roupas esportivas e eu nunca produzi uma peça sequer deste tipo. Algo para pensar para o futuro!

E a melhor conclusão de todas: ter um armário handmade é possível e super gratificante!

Que venha o Me Made May 2017!


Beijos!

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