Eu comecei a escrever este post no sábado de manhã, horas antes da segunda sessão de quimioterapia do Astor. Ele é um bichinho muito sensível e, por isso, estamos procurando segurar a onda e manter a rotina dele (e nossa também) a mais próxima possível do normal.
A primeira sessão foi muito difícil para ele, para mim e para o marido. Era tudo novo, nós dois estávamos ansiosos e ele sentiu. Então, neste intervalo de três semanas entre as sessões, a gente procurou se acalmar, lembrar o que deu certo e também o que não deu certo. Pelo menos o fator novidade já não é mais presente, o que já ajuda muito.
Estou começando o post de hoje com estas palavras porque semana passada resolvi terminar um par de jogos americanos que estavam parados desde o final do ano passado. Eu sabia como terminar, mas fui passando outros projetos na frente, de vez em quando acontece, né?!
Quando peguei para terminar, aproveitei que costurar sempre requer concentração, ainda mais na hora de fazer os acabamentos, que era bem onde o projeto tinha parado. Assim mantenho a respiração calma e os neurônios trabalhando direito. Para deixar o viés bem colocado ou fazer o quilt na vala o mais bem feito possível, só com calma e concentração mesmo.
E assim meus meninos dormiram tranquilamente enquanto eu costurava. Logo consegui terminar e fiquei bem feliz com o resultado. Nesta semana, eu e o marido estamos sempre por perto por conta dos efeitos colaterais que podem aparecer, então manter a paz dentro de casa também ajuda a respirar fundo e ajudar o Astor caso ele precise.
Na época da primeira sessão eu não consegui costurar nada pois não conseguia desgrudar os olhos do Astor. Eu quase não dormi. Fiquei muito nervosa (e confesso que com medo também) e ele percebeu. Ou seja, não ajudou em nada numa hora delicada.
A oncologista explicou na primeira consulta que uma das maiores diferenças entre tratar um bichinho e tratar um ser humano com câncer é que o bicho não tem que lidar com o fator psicológico. Ele não sabe que está doente. Ele sabe que um tempo atrás ele teve um mal estar enorme e que passou (pois foi operado e se recuperou bem). Depois disso, ele sente que está sendo mais bajulado, pois a gente naturalmente faz isso por saber que ele está doente e que tem um tratamento pela frente. Ou seja, o fator psicológico fica todo com a gente, a gente é que tem que lidar com isso.
Graças a Deus que eu tenho a costura na minha vida, pois manter as mãos ocupadas e a mente centrada sempre me ajuda. Enfim, tudo o que está acontecendo na minha família (porque o Astor e o Luke são nossos filhos, ainda que sejam cachorros) é mais um aprendizado para todos nós. E, mais uma vez, viver um dia de cada vez, cercado de quem a gente ama e também do que a gente ama fazer faz toda a diferença.
Beijos, boas costuras e respiração calma para todos nós!
Katia
Beijos, boas costuras e respiração calma para todos nós!
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