Olá!
Dia desses, lendo esse post da Ana Elisa sobre vencer a tentação de comprar comida pronta no lugar de ter paciência para prepará-la em casa, eu me identifiquei imediatamente.
Estou procurando cozinhar mais, com a ajuda do marido (não seria certo não dar esse crédito a ele). Sábado passado nós dois passamos a tarde cozinhando. Saiu um risoto de açafrão com filé de fraldinha pro almoço, saiu um chilli com carne para o jantar (e um tanto foi para o freezer), pelas mãos dele.
Eu fiz pão integral com azeitona preta e alecrim (vindo de nossa hortinha de temperos) e geléia de morango. Ambos ficaram ótimos e eu fiquei com um orgulho danado de mim mesma! Chamei meus pais e meu irmão pra lanchar em casa no dia seguinte só para compartilhar com a família os feitos na cozinha. Que graça tem comer tudo sozinha? Rs! Foi tudo aprovado (sendo que a minha mãe é a minha maior referência no assunto de pão caseiro e também na geléia caseira).
O tempo que eu e o marido passamos juntos na cozinha foi ótimo. Assim como o tempo que eu fico no meu quartinho de costura também é.
Quando eu termino uma peça, quando eu a uso pela primeira (ou pela centésima) vez, me dá uma satisfação incrível. Porque não é um vestido novo pelo vestido novo apenas. É se sentir bem por ter feito a minha própria roupa, com as minhas medidas, que vai valorizar o que eu tenho de melhor, independente se é a cor, a estampa ou a modelagem "da moda".
O tempo que eu levo costurando uma peça nova do zero é bem maior do que o tempo que eu gastaria para ir ao shopping comprar roupas. Nesse intervalo de tempo daria para comprar várias peças (se o dinheiro permitisse também). A diferença é exatamente essa, de dar valor a cada etapa, de dar valor ao usar bem um tecido que foi escolhido com carinho entre tantos outros da loja, lembrando que este também custa dinheiro.
Cada peça de roupa já nasce com uma história, do tecido que foi comprado em tal lugar, do molde ideal escolhido para ele, das horas que se passaram cortando, costurando e dando acabamento. Não consigo não ficar apegada a cada peça pronta.
Por isso mesmo que eu fico pasma com pessoas que fazem fila em lojas de departamento para comprar pilhas de roupas que nem sabem se vão usar, que não se sabe como foram feitas para custar um preço "de banana", que não se dão conta se aquilo vai tudo combinar com o que já existe no armário.
É igual a comprar coisas no supermercado e deixar estragar por um capricho qualquer. Eu aprendi desde cedo que é errado, perder comida que era boa sendo que um monte de gente não tem. Assim como é um pecado gastar o suado dinheirinho pra comprar roupa que não vai durar ou que não vai usar. Ou, por fim, trazendo pro nosso universo de costura, comprar tecido compulsivamente e não usar por dó ou por nunca achar um projeto para ele.
Se é para comprar roupas prontas, que sejam de lojas que eu sei que tem uma produção correta e um preço condizente com a qualidade. Adoro ir a lugares em que conheço a dona e estilista (beijo Cá - Lascivité - e Pati - Laundry) e as peças que tenho dessas lojas também contam histórias quando eu uso.
Isso tudo me faz pensar na gratidão que eu tenho por pensar assim hoje em dia. Lógico que eu não consigo consumir 100% do tecido que eu compro, mas já tem um tempo que cada um que entra na minha casa já vai tendo um projeto pra ele. Porque infelizmente eu comprei tecidos por algum tempo numa velocidade maior do que a minha capacidade de costurá-los, eu assumo. O que me consola é que eles não são materiais perecíveis e eu posso dar um novo destino se algum "sobrar" de verdade.
Meu pão e minha geléia me remetem a um gostoso café da tarde em família, que tornou o último domingo um dia muito especial. Cada peça de roupa que eu faço e uso também me remete a sua história específica. Assim como as coisas fofas que tenho feito para casa nas aulas de Patchwork. Nenhuma dessas coisas foi feita e/ou consumida por acaso.
Enfim, quero deixar aqui essa minha reflexão mais recente. Espero que ela seja útil para você também!
Beijos e boas costuras!
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