Eu assino centenas de blogs, recebendo uma média de 180 a 200 posts por dia no meu Feedly (só para dar uma ideia, hoje foram 270 posts de costura!) e o que as costureiras cibernéticas mais tem em comum é dividir com a gente suas proezas... algo de errado nisso? De forma alguma! Mas foi pensando a respeito que decidi fazer o contrário: falar sobre meus problemas costurísticos, ou melhor, sobre minhas resoluções costurísticas: tudo que eu quero melhorar para elevar o nível da minha costura. E é tanta coisa que resolvi fazer uma pequena listinha (se fizer super sucesso, repito o post com a parte 2, 3, 4... rs!)
1) Viés, a pedrinha do meu sapato!
Eu conheço muitas boas costureiras, com muitos anos de experiência, mas quando o viés entra na conversa é uma grande saia justa visivelmente desconfortável. Tenso, muito tenso!
Já li sobre inúmeras dicas e malabarismos de colocação de viés; já testei todas que passaram pela minha frente e fizeram algum sentido na minha cabeça mas confesso que não cheguei no (MEU!) resultado esperado.
É um pouco frustrante, mas sempre que vejo uma nova peça com aquele acabamento lindinho, perfeitinho, a vontade de tentar de novo é irresistível e lá vou eu!
Recentemente fiz um vestidinho pra Juju com viés e confesso que cheguei bem perto do que considero ideal!
Resisti algum tempo a esse molde só de medo do viés, mas aí a combinação perfeita de tecidos caiu na minha mão e não tive como resistir... que bom!
Vestidinho bem “inho” que fiz pra Julia. Cheio de tons pastel e de viés!
Devo dizer, orgulhosamente, que todo viés que usei foi feito por mim, o que deixou a peça ainda mais especial! Estava com medo que ficasse uma peça muito “melada”(sabe né? Rosinha, azulzinho, florzinha... muito "inho" pro meu gosto) mas achei que no final ficou bem charmosINHO, sem exagerar. E quanto ao viés? São 3 aplicações diferentes (na barra, nas alças e no decote) e não vou mentir... tive que desmanchar algumas vezes, respirar fundo e retomar, mas eu estava determinada a fazer ficar bom e estou quase lá!
A primeira resolução então é não fugir mais das peças com viés, afinal só a prática pode levar a perfeição!
2) Costura à mão
Eu gosto muito de projetos que são 100% feitos à máquina, mas cá entre nós: costura à mão é muita riqueza!!!
Em determinados pontos de um projeto de vestuário, deixar a máquina de lado e literalmente botar a mão na massa faz toda diferença! Essa é outra deficiência que tenho e preciso resolver AGORA!!!
Recentemente tenho me interessado muito em fazer bonecas. Tenho um projeto pessoal com a minha mãe (que é feríssima no assunto!), comprei uns moldes muito lindos e resolvi tentar. O resultado foi muito ruim, desanimador. Descobri que tenho que voltar ao beabá da costura e aprender todos aqueles pontinhos da vovó (ponto atrás, ponto invisível), arrematar direito e o pior: saber pregar botão (morri de vergonha!). Sério, eu costuro muito mal à mão, minhas casas de botão são horrorosas e meus botões ficam frouxamente pregados…isso quando não caem porque o nózinho do arremate saiu. Novamente, o que causa tudo isso? A falta de prática, fugir do assunto (sim, estou escrevendo esse post num divã!).
Então esse é o momento, vou me dedicar às bonecas e a melhorar meus acabamentos à mão! Já fiz a segunda boneca (que é tema pra outro post) e já achei um tantinho melhor... cada passo de uma vez!
Minha primeira boneca foi uma Tilda gordinha de maiô.
Fiquei super feliz por fazê-la, afinal é um ótimo exercicío de acabamento e embelezamento, na maior parte feito à mão.
Mas não curti o resultado... tem que melhorar!
3) Voltar à modelagem
Esse assunto é complicado, porque eu morro de vontade, mas não tenho tempo nem de respirar, que dirá para fazer modelagem! Para trabalhar os modelos aprendi que se parte de uma ideia, que é posta no papel através de um desenho e então pensa-se o modelo matematicamente... isso mesmo, é pura matemática, com ênfase em geometria! O enorme desafio da modelagem, na minha modesta opinião, é você transformar um simples desenho 2D em uma peça com 3 dimensões... são necessários inúmeros ajustes (pelo menos aos iniciantes como eu!) um vai e volta danado até alcançar o modelo tão desejado, quando alcança!
Acontece que sou uma mãe viciada em costurar para minha filha e (pasmem!) não é raro sonhar com modelinhos para ela! Tenho até um caderninho de desenho ao lado da cama para, ao acordar, desenhar e não perder a idéia.
Molde desenhado por mim (orgulho!) de um vestido balonê que fiz para minha sobrinha de alguns meses ir ao casamento da tia... chique!
O desenho já é o primeiro problema, preciso melhorar... e muito! Todo mundo diz que eu me cobro demais, mas preciso ao menos entender o que desenhei, caso contrário é trabalho jogado fora! Após o desenho, vem o risco do molde, a partir das bases de corpo (são formas básicas sobre as quais você cria seu modelo; elas já vem com as medidas certas para os respectivos tamanhos). Essa fase requer tempo e paciência quase ilimitados, o que eu definitivamente não tenho. Minhas últimas tentativas foram frustradas quando a Julia me interrompeu pela milésima vez querendo água, brincar, fruta, desenhar em cima do meu molde etc... Difícil, bem difícil! Mas sinto que devo retomar!
E você? Quais problemas tem aí, escondidinhos no fundo do seu ateliê? Ok, ok, eu deixo você sentar no meu divã, pode começar a falar!
Beijocas,
Ana
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