Você não entra num curso de corte e costura tradicional, mas chega num ateliê onde aprende um tanto sobre máquinas e técnicas, perde o medo de usar uma máquina de costura e logo se aventura a presentear as amigas queridas com organizadores de bolsa, faz capa com matelassê pro iPad, encontra um molde fofo na internet pra fazer vestido pras pequenas da família (usando tecido comprado numa loja virtual dos Estados Unidos).
Você percebe que o método de usar uma máquina e o mais básico da costura permanece o mesmo como saber identificar frente e verso de um tecido, o fio do tecido, as ferramentas, mas nota que a cabeça das costureiras de hoje parece ser muito diferente. A gente quer fazer muito mais e fazer diferente, mas sem perder os aspectos "de sempre" que valem muito a pena.
Tempos atrás, eu não sabia de mais ninguém que tinha um cômodo da casa só para costurar, não só pela questão do espaço disponível em si, mas pela prioridade em reservar um espaço da casa para uma máquina de costura e seus apetrechos.
Ao passear pelo meu pequeno quarto de costura, dá pra ver que convivem harmoniosamente o telefone de disco (que hoje funciona só pra receber ligações, graças à linha da Net que é só digital), a máquina de costura de 51 anos de idade, o Grande Livro da Costura de 1979 e também o iPad, o Dock do iPhone, a câmera digital, e os achados proporcionados pela internet e viagens de uns anos pra cá.
A amiga de costura proporciona belas desculpas para uma saída de casa com moldes e tecidos dentro da mochila. Outras amigas de costura te dão a deixa para viajar e conhecer lugares novos e, sim, costurar fora de casa.
Todas essas amigas têm casa pra cuidar, responsabilidades do trabalho, cuidar de filhos, bichos e maridos e ainda assim costuram sempre que dá um tempinho. Felizmente, algumas delas conseguiram transformar o hobby em trabalho, o que eu acho incrível.
Ainda assim, com tanta coisa prontinha e resolvida em uma rápida ida ao shopping, a satisfação de ter, usar ou dar algo que foi feito por você mesma é uma delícia!
Agora que estou aprendendo modelagem feminina e tenho uma máquina com recursos mais parecidos com a máquina da minha mãe, nós duas estamos sempre trocando figurinhas sobre como usar isso ou aquilo, como fazer um ajuste naquela roupa que já é bonita pra ficar ainda melhor...
Eu considero a costura uma terapia, pois não dá pra comer enquanto se costura (sim, o regime agradece!), dá pra ocupar muito bem o tempo e sair com algo lindo no final.
A internet ajuda muito a encontrar novidades para costurar, tecidos lindos vindos de longe, dicas para deixar o projeto perfeito, mas ainda não dispenso uma boa aula, hoje em dia acontecem num ambiente com cara de casa e jeitão offline...
Também não dispenso os livros e revistas, adoro folhear calmamente e encher de post-its os que mais me agradaram e que podem ser feitos no futuro!
Enquanto eu costuro eu costumo ouvir música, geralmente Punk (Ramones, The Clash, New York Dolls), alguma artista maravilhosa de Soul (Aretha Franklin, Etta James, Amy Winehouse) ou minhas bandas de Rock favoritas (Red Hot Chilli Peppers, Foo Fighters). Mas quando o dia não está aquela maravilha eu procuro algo calminho e um sonzinho da Norah Jones ou do Eddie Vedder, junto com o barulho do motor da máquina, vai me deixando melhor.
Aí na pausa para o café, uma passada rápida nas redes sociais, uma fotinho da produção do dia pra postar no instagram e uma anotação no caderninho de uma ideia nova de post.
Pois é, as costureiras contemporâneas são assim... E eu sou muito feliz por ser uma delas!
Ponto cruz moderninho virou quadro!
Beijos e até o próximo post!
sensacional amiga, delicia de texto, parabéns!!!! beijocas
ResponderExcluirOi, amiga querida!
ExcluirObrigada pelo carinho mais uma vez!
Beijos!
Eba! Que bom que tem post novo! É sempre bom "conversar" com vc! Bjs
ResponderExcluirOi, Verena!
ExcluirQue bom que gostou!
Nos próximos dias o blog voltará com a programação normal!
Beijos e boas costuras!
Katia