23 de out. de 2014

Memórias Têxteis

Olá!

Comecei a escrever este post em um intervalo de almoço, num dia praticamente todo dedicado à arrumação do meu quartinho de costura (que um dia eu conseguirei chamar de ateliê).

Foi um dia de organizar meus tecidos, fazendo fichas de quanto eu tenho de cada um deles. Aí que eu cheguei em uma das caixas ainda intocadas, a mais cheia delas e também a que possui um bocado de histórias para contar.

Pois é, faz um tempo que eu não tenho uma roupa comprada pronta que conte muita história. Mas a caixa com cortes de 60 ou 70 centímetros de um tecido que um dia mediu 2 ou 3 metros conta. Aquele macacão feito com tecido florido Liberty comprado lá na "nave mãe" em Londres e que me acompanhou em muitos passeios em dias ensolarados aqui em SP, no Rio e em Berlin. Aquele tecido de floresta que virou um vestido que usei para ser madrinha de casamento. O popeline de paisley que virou um shorts e um vestido, uma das minhas estampas favoritas até hoje.

As peças estão todas lá no armário, sendo usadas tanto quanto possível. E a quantidade de tecido que restou de cada uma ainda poderá virar uma regatinha ou uma blusa simples para dias quentes futuros, prontas para contar novas histórias.

Lá têm também os tecidos que ainda não viram a tesoura, mas que estão vivinhos na minha cabeça pois lembro bem o que pensei em fazer com eles na hora que comprei. Lá na caixa estão as minhas cores, estampas e texturas favoritas. A pausa costurística de roupas determinada por mim mesma há alguns dias até que alguns quilos tenham partido é dolorida, mas a possibilidade do que poderá ser feito à partir do que está em minhas caixas de tecido, da minha caixa de revistas, da minha prateleira de livros e da minha pasta de moldes é muito, muito animadora.

Essas transições são difíceis, a arrumação geral às vezes é cansativa, mas mirar no futuro próximo e possível (no meu caso, mais magra e com um quartinho de costura transformado em um ateliê de verdade) é o que me faz seguir em frente. Aproveitar essa minha porção organizada e metódica neste momento só está ajudando, felizmente.

Meus tecidos estão me esperando para uma nova fase, onde novas roupas vão continuar a expressar quem eu sou. Isso é sempre uma delícia!

Tecidos organizados e me esperando!

E você? Quais são os planos para seus tecidos?

Beijos!

2 comentários:

  1. Oi Kátia! Nossa, como você é organizada!!
    Eu também tenho muitos cortes de tecidos. Alguns mais queridos ficam bem guardadinhos, longe dos olhos das minhas(poucas) clientes. Outros eu deixo á vista caso elas queiram.
    Comecei comprá-los há uns 10 anos atrás. Vez em quando, imagino ou vejo um modelo, procuro um dos tecidos, que sei decor quais são, e voilá, roupa nova!!!
    Amo meus tecidos, para mim são como jóias!!
    beijos
    Luci

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    Respostas
    1. Oi, Luci!
      Estes da foto são os meus tecidos mais queridos e também estão esperando os projetos perfeitos para verem a tesoura. Eu também considero os meus tecidos minhas jóias, assim como as peças que eu produzo com eles. Acho que aí é que está a beleza do que a gente faz, né?!
      Beijos e boas costuras!
      Katia

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Beijos e boas costuras!
Katia e Ana

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